A escolha da moto

Após muitos contratempos, estou a um passo de comprar uma moto de maior cilindrada para eu andar por aí, quero viajar, desbravar caminhos e estradas ou simplesmente ir com a minha namorada dar um passeio de domingo.

A minha atual companheira(a moto) já está um pouco para lá de cansada, já fui a tantos lugares com ela, tenho muitas recordações com esta minha pequena moto, algumas boas outras ruins, algumas viagens curtas e muito sobe e desce nesta selva de pedra. A moto ? É uma 125. A marca ? Yamaha, aliás só tive Yamaha até hoje, RD, DT, YBR, conseguirei colocar as duas rodas com asinha na minha garagem?
Enfim, dizem que todo motoqueiro, tem que ter uma CG, carrega-se esse estigma, parece que só é possível se considerar conhecedor do mundo de 2 rodas após dirigir uma Cg, para mim, seria o mesmo que dizer que para conhecer o mundo das 4 rodas deve-se ter tido um fusca.

Mas além das duas "grandes", vi passar um Cometa e uma Miragem que também mexeram com o meu coração, uma pela exclusividade, pelo porte de moto grande, a segunda pelo estilo, até um tempo atrás não me via sentado em uma moto custom, aliás, nem imaginava inúmeras coisas para a minha vida, dei conta que faltam 13 anos para a minha começar, como diz aquela conhecida música do Biquini Cavadão.

Ao sentar em uma moto custom, sente-se algo diferente, algo que a altura de uma Xt ou ronco de uma "7Galo" não conseguiu me proporcionar, sensação de dever cumprido e que já fiz tudo que tinha que fazer, mas porra !!! Eu ainda não fiz tudo que queria fazer, ainda não desbravei trilhas em busca do pôr-do-sol com uma moto que mais parece um trator de tão forte, nem mesmo consegui ralar o meu joelho em alguma curva indo para Morungaba, acho que a questão da escolha da moto, transcende valores econômicos e de status, liberdade e emoção, não tem classe social. Estou pensando muito o que quero sentir primeiro, assim que descobrir, vou buscar a "magrela" dos sonhos.