sábado, 21 de fevereiro de 2009

Mascote por um dia.



7h15min: Entrei na garagem e lá estava, em um primeiro momento espanto, depois tentei chamá-la, percebi que estava assustada e abanava seu rabo para mim, resolvi perguntar aos vizinhos se alguém a conhecia, pelo jeito alguém a dispensou e jogou na frente de minha casa.

Seu pelo liso e cor amarelada, combinava com suas orelhas caídas e um olhar que mistura lânguidão e melancolia, mas era penetrante e firme.
Percebi que era um cachorro recém-abandonado pois seu pelo estava limpo e aparentemente era bem tratado, apesar de aparentar certa idade, ainda era brincalhão e carinhoso, infelizmente ela e minha cachorra não se "deram" muito bem.

Passou o dia comigo, comeu, ganhou ossinho, mas infelizmente, sou muito incompetente para cuidar de dois cães, teria que ir embora.

Ao sair de carro, ela insistia com latidos e arranhões da porta que deveria ser levada junto, sentava-se no banco do carona, latia como se dissesse: - Estou pronta, vamos embora !
E fomos mesmo, mas atrás de um dono, senti-me na obrigação de encontrar alguém com disponibilidade, vontade e amor por um cão disposto a dar tudo de si.

Minha jornada, acabou mesmo antes da primeira música que rolava no Mp3 do carro, parei em um pet-shop e comecei a conversar com a dona que logo lembrou de seu empregado, o garoto que fazia tosagem queria um cão pequeno e com pouco pêlo, apesar de diametralmente oposto, ele a segurou no colo e a levou embora, teria uma tosa, um banho, um punhado de ração e uma casa, oras, o que mais um cão poderia querer ?

Antes de fechar a porta ainda pensei em pedi-la de volta, mas era tarde, assim como um cão arrependido, dei play e continuei a cantar.

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